Por uma infância feliz!
Engraçado como os conceitos e valores mudam com o tempo. Nossos brinquedos e nosso conceito de felicidade eram muito mais baratos e simples do que o das crianças e adolescentes de hoje em dia.
Tenho estado em crise com o pré-adolescente que mora aqui em casa... meu filhinho amado... justamente por achar que tem alguma coisa de errada em tudo isso. Semana passada tranquei esse docinho no quarto e comecei a mostrar a ele tudo o que ele tem e se existe motivo pra tanta infelicidade. Em um só quarto tem muito mais do que tínhamos em nossa casa inteira quando eu tinha a idade dele... micro computador de última geração, TV, aparelho de som, uma coleção de CD’s de dar inveja a qualquer DJ, Play Station II, Nintendo 64, várias fitas dos 2 jogos eletrônicos citados, 327 bonequinhos do Star Wars que de tão reais mais parecem mini homenzinhos que vão nos atacar a qualquer momento, iPod com 40 gigas de memória... sem contar as coisinhas mais básicas que prefiro não relacionar para não me cansar.
Depois desse check-list completo no quarto dele, comecei a lembrar da época da nossa infância e como éramos felizes de verdade jogando bola, empinando pipa, soltando pião, brincando de casinha no quintal de casa... putz, passávamos o dia todo montando nossa casinha e brincando... e quando íamos pra Jumirim então? Nossa, lá era brincar na palha de café, subir no pé de jabuticaba e comer fruta até passar mal, brincar de casinha no meio do mato, pular amarelinha, andar de bicicleta... Enfim, no meio desse meu devaneio, o pré-adolescente em questão, acompanhado do pré-adolescente do meu irmão, bate na porta do meu quarto para me pedir pra ir a uma ‘lan house’... tem graça isso? Com tanta coisa dentro de casa os caras querem jogar em uma ‘ lan-house’! Não preciso dizer que catei os dois pré-aborrecentes e levei para o quarto do meu filho de novo... esfreguei a cara deles no micro e nos 2 jogos eletrônicos e, quando meu filho se convenceu de que estava exagerando, meu sobrinho começa seu discurso cheio de empáfia e razão me dizendo que tinha marcado um encontro virtual com os amigos dele para as 17:00 em ponto e que eles iam se “ver” para jogar um tal de “Regnarok”. Quando questionei o que vinha a ser Regnarok ele me explicou que é como um jogo de RPG tão da hora que nas férias ele chegou a ficar dois dias sem dormir e sem sair do quarto de um amiguinho dele porque não conseguia parar de jogar. Quando disse que ele ia estar completamente louco na minha idade, ele me respondeu que ficaria louco mas teria passado uma infância feliz...e isso ainda não é o fim, me disse ainda que os jogadores mais veteranos apostam de tudo nesse jogo e um menino de 15 anos (veterano) apostou a vida dos pais e perdeu além do jogo os pais... tudo isso com a maior naturalidade do mundo... me prometendo que nunca apostaria a vida de ninguém quando se tornasse veterano, o que ele espera que aconteça até o ano que vem.
Surtei!!!! Podem dizer que não entendo nada de psicologia infantil e pré-adolescente mas por pouco não soquei os dois... mandei o meu sobrinho pra casa e tranquei o Matheus no quarto... juro que o que eu mais queria era deixar ele trancado lá pra esperar o mundo aqui de fora melhorar.
E esse é o preço que se paga por uma infância feliz hoje em dia. Só queria entender a cabeça de quem pensou que inflacionar tanto o mercado da felicidade irá formar pessoas mais felizes... não entra na minha cabeça... simplesmente não entra!
Mais uma do CB...
Tenho estado em crise com o pré-adolescente que mora aqui em casa... meu filhinho amado... justamente por achar que tem alguma coisa de errada em tudo isso. Semana passada tranquei esse docinho no quarto e comecei a mostrar a ele tudo o que ele tem e se existe motivo pra tanta infelicidade. Em um só quarto tem muito mais do que tínhamos em nossa casa inteira quando eu tinha a idade dele... micro computador de última geração, TV, aparelho de som, uma coleção de CD’s de dar inveja a qualquer DJ, Play Station II, Nintendo 64, várias fitas dos 2 jogos eletrônicos citados, 327 bonequinhos do Star Wars que de tão reais mais parecem mini homenzinhos que vão nos atacar a qualquer momento, iPod com 40 gigas de memória... sem contar as coisinhas mais básicas que prefiro não relacionar para não me cansar.
Depois desse check-list completo no quarto dele, comecei a lembrar da época da nossa infância e como éramos felizes de verdade jogando bola, empinando pipa, soltando pião, brincando de casinha no quintal de casa... putz, passávamos o dia todo montando nossa casinha e brincando... e quando íamos pra Jumirim então? Nossa, lá era brincar na palha de café, subir no pé de jabuticaba e comer fruta até passar mal, brincar de casinha no meio do mato, pular amarelinha, andar de bicicleta... Enfim, no meio desse meu devaneio, o pré-adolescente em questão, acompanhado do pré-adolescente do meu irmão, bate na porta do meu quarto para me pedir pra ir a uma ‘lan house’... tem graça isso? Com tanta coisa dentro de casa os caras querem jogar em uma ‘ lan-house’! Não preciso dizer que catei os dois pré-aborrecentes e levei para o quarto do meu filho de novo... esfreguei a cara deles no micro e nos 2 jogos eletrônicos e, quando meu filho se convenceu de que estava exagerando, meu sobrinho começa seu discurso cheio de empáfia e razão me dizendo que tinha marcado um encontro virtual com os amigos dele para as 17:00 em ponto e que eles iam se “ver” para jogar um tal de “Regnarok”. Quando questionei o que vinha a ser Regnarok ele me explicou que é como um jogo de RPG tão da hora que nas férias ele chegou a ficar dois dias sem dormir e sem sair do quarto de um amiguinho dele porque não conseguia parar de jogar. Quando disse que ele ia estar completamente louco na minha idade, ele me respondeu que ficaria louco mas teria passado uma infância feliz...e isso ainda não é o fim, me disse ainda que os jogadores mais veteranos apostam de tudo nesse jogo e um menino de 15 anos (veterano) apostou a vida dos pais e perdeu além do jogo os pais... tudo isso com a maior naturalidade do mundo... me prometendo que nunca apostaria a vida de ninguém quando se tornasse veterano, o que ele espera que aconteça até o ano que vem.
Surtei!!!! Podem dizer que não entendo nada de psicologia infantil e pré-adolescente mas por pouco não soquei os dois... mandei o meu sobrinho pra casa e tranquei o Matheus no quarto... juro que o que eu mais queria era deixar ele trancado lá pra esperar o mundo aqui de fora melhorar.
E esse é o preço que se paga por uma infância feliz hoje em dia. Só queria entender a cabeça de quem pensou que inflacionar tanto o mercado da felicidade irá formar pessoas mais felizes... não entra na minha cabeça... simplesmente não entra!
Mais uma do CB...
1 Comments:
You have an outstanding good and well structured site. I enjoyed browsing through it » »
Postar um comentário
<< Home